PROJETOS SOBRE LIXO ELETRÔNICO EM TERESINA

LIXO ELETRÔNICO EM TERESINA

A capital piauiense não possui política específica para o descarte e recolhimento de lixo eletrônico. De acordo com o superintendente executivo da SDU/Sul e responsável pela coordenação da limpeza urbana em Teresina, Wander Maia, é comum o lixo eletrônico ser descartado como lixo comum e ir para o aterro sanitário. 
O superintendente diz que estão elaborando um projeto educativo, que  incluirá também distribuição de cartilhas, sobre a correta classificação do lixo e forma adequada de descarte, porém, no caso do lixo eletrônico, a responsabilidade de recolhimento é do fabricante, que deve espalhar postos de coleta entre seus revendedores.
Enquanto Teresina não define diretrizes para o recolhimento e descarte do lixo eletrônico produzido na cidade, instituições comunitárias encontraram formas de reaproveitar o material descartado e transformá-lo em gerador de cidadania.
PROJETO CLICAR EM TERESINA
Na zona Sul da cidade, o Conselho Comunitário do Bairro Angelim desenvolve o projeto Clicar há mais de três anos, na sede da Biblioteca Comunitária Bruno Soares.
“No início era apenas a biblioteca, mas observamos que a comunidade possuía carência de conhecimento na área da computação. Assim, firmamos parceria com a Fundação Wall Ferraz e apresentamos o projeto a empresas privadas, que passaram a nos fornecer os computadores. O Clicar oferece cursos básicos de computação, montagem e manutenção de computadores e de digitação de trabalhos acadêmicos”, declara Manoel Bezerra Neto, presidente do Conselho Comunitário do Bairro Angelim.
Os cursos são gratuitos e ministrados por instrutores selecionados e remunerados pela Fundação Wall Ferraz. Não são cobradas taxas e já foram capacitadas, em três anos, mais de 500 pessoas da comunidade e de bairros vizinhos. Além disso, o projeto procura parcerias com as empresas para inserir os egressos dos cursos no mercado de trabalho.

PARCERIAS COM O PROJETO
O Conselho Comunitário do Bairro Angelim, através do projeto Clicar, firmou parceria com uma rede local de supermercados e uma administradora de cartão de crédito sediada em Teresina.
As empresas doam computadores, que consideram inutilizados. No projeto os alunos recondicionam as máquinas durante os cursos de montagem e manutenção. Depois de recondicionados, os computadores são montados e passam a compor os telecentros comunitários em diversos pontos de Teresina.
O projeto Clicar monta os telecentros e já disponibilizou oito computadores para o telecentro do Ceapi, antiga Ceasa; 10 para o da Federação das Entidades Comunitárias do Estado do Piauí – Fecepi; 10 para o da Associação da Sopa da Santa Maria da Codipi; e sete para o telecentro do bairro Geovane Prado. Nos telecentros, a comunidade carente tem acesso aos mesmos cursos oferecidos na sede do projeto Clicar. “Nosso objetivo é dar aos jovens oportunidades para geração de renda e aquisição de conhecimento, a fim de melhorar a qualidade de vida das comunidades assistidas”, afirma Manoel Neto.